Medo ou Culpa o que é Pior??

Quando um cristão faz algo errado, emoções ruins são sentidas certo tempo depois de ter errado. Um misto de tristeza, raiva de nós mesmos e vergonha nos toma e resumimos isso tudo dizendo que sentimos culpa.
Sentir culpa é importante para aquele que acredita em Deus e O serve. Quando nos sentimos culpados, é sinal de que reconhecemos que erramos, e só reconhecendo isso é que é possível agir diferente.
Contudo, algumas vezes nos sentimos culpados indevidamente e outras vezes erramos mas não sentimos culpa. Nenhuma dessas duas situações é adequada para um verdadeiro cristão.
Sentir culpa indevidamente, por erros que não cometemos, ou por erros que já foram perdoados e que já deviam ter ficado no passado, está muito relacionado a uma auto-estima baixa e a um problema de percepção da realidade. Quando damos o devido valor a nós mesmos, e quando conseguimos analisar racionalmente a realidade, somos capazes de reconhecer nosso erro, sentirmos culpa, mas também sentirmos que fomos perdoados, e que o melhor a fazer é evitar cair novamente.
Algumas pessoas erram de diversas formas, e não se sentem culpadas. Em geral, essas pessoas deixaram de ouvir a voz do Espírito Santo, que nos convence de nossos pecados. Não se arrependem porque não julgam necessário se arrepender de algo que fizeram (porque não tem nada a ver, porque é muito pequeno pra Deus se importar, porque é humano e ninguém é perfeito, etc.) Ao invés de se arrepender, essas pessoas aprendem a justificar seus erros, e após justificá-los não há culpa, não há mais necessidade de perdão.
Outras vezes, pessoas que não se sentem culpadas, sentem sentimentos ruins também, mas que estão relacionados mais ao medo das consequências de seus atos do que ao arrependimento sincero por ter errado. Um membro ativo da Igreja que tem um determinado hábito que desagrada a Deus pode se sentir mal com o que faz, não por amar a Deus e sentir-se triste e arrependido por desobedecê-lo, mas porque tem medo das consequências, de que alguém descubra e ele venha a passar vergonha.
Não é essa tristeza que Deus espera de nós. Nosso arrependimento deve estar relacionado a desonrarmos a Deus, e não em termos que colher consequências ruins nessa terra!
Em que situação você e eu nos enquadramos hoje?
Quando o pecado luta pelo domínio do coração humano, quando a culpa parece nos oprimir e sobrecarregar a consciência, quando a incredulidade anuvia a mente, quem faz entrarem os raios de luz? De quem é a graça suficiente para subjugar o pecado, e quem dá o precioso perdão a todos os nossos pecados, expulsando as trevas e nos tornando esperançosos e alegres em Deus? – Jesus, o Salvador que perdoa os pecados. Ele ainda é nosso advogado nas cortes do Céu; e aqueles que tiveram a vida escondida com Cristo em Deus devem se erguer e brilhar, porque a glória do Senhor nasceu sobre eles” (Ellen G. White, Bible Training School, maio de 1915).
“Se você ofendeu um amigo ou vizinho, deve reconhecer sua culpa e é dever dele perdoar plenamente. Então, você deve buscar o perdão de Deus, porque o irmão a quem feriu é propriedade de Deus e, ofendendo-o, você pecou contra seu Criador” (Ellen G. White, A Fé Pela Qual eu Vivo [MM 1959], p. 128).

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