Pecadores como Pedro? O/

Bem selecionando alguns assuntos recentes para nossos post...me deparei com figura um tanto iniuzitada mas que despertou no minimo minha curiosidade e   me fez ir la na pagina do www.gansotagarela.com (que por sinal amei) e lendo uns post recentes (ele nosso bebezinho na geração blogueira, mais não com menos bagagem ou experiencia afinal moderado por Angelo Bernardes né?). Me deparei com um post interessante...tentando extrair o max. pra nossa reflexão diária não consegi fazer a sintese, do resulmo, da sinopse então vai rolar  um Ctrl  C Crtl V. não há o que por nem tirar...e não esqueça MUDANÇA=OPORTUNIDADE / EX. pedro só lendo pra saber...

Pecadores como Pedro

É a caminhada cristã esta jornada épica, que almejamos e tememos, rejeitamos e desejamos. Este misto de sentimentos contraditórios acontece por culpa da natureza humana com a qual estamos caminhando na aventura do caminho estreito. A perfeição divina é o nosso alvo a ser alcançado. A natureza humana a força gravitacional que nos puxa para baixo. É nossa árvore genealógica acostumada ao fracasso. É todos os nossos pecados acariciados durante anos até se tornarem mais fortes do que eram no começo. É nossa história que nos lembra que já tentamos várias vezes antes, sem sucesso. E vamos ser francos, nossos defeitos são maiores do que os dos outros. Os outros são tímidos, egocêntricos, temperamentais. Nós somos ladrões, mentirosos, promíscuos, violentos, rancorosos. Esta natureza é a nossa sina, nossa maldição. Somos sabotadores de nós mesmos.

Há 2 mil anos atrás Cristo convidou 12 homens a iniciarem com ele a jornada da qual comentávamos. Como nós, eles não funcionavam satisfatoriamente. Nunca funcionaram. Vamos olhar mais de perto dois deles: Pedro e Judas. Homens com características bem distintas unidos por um pecado em comum e logo depois separados novamente.

Judas nem sempre foi o monstro traidor que conhecemos. Aliás, ele era um discípulo bem eficiente. Preparado, foi escolhido para cuidar das finanças do grupo. Excelente economista, vemos Judas preocupado quando Maria Madalena derramou um vidro de perfume caríssimo nos pés de Jesus. "Por que não deu o dinheiro aos pobres?", disse ele. Uma ponderação bem razoável para alguém cujo Mestre pregava a caridade como a verdadeira religião. Organizado e patriota, Judas tratava de manter as obrigações fiscais dos discípulos em dia e não há registros bíblicos de envolvimento dele em alguma espécie de confusão ou heresia. Se Judas tinha pecados acariciados (e ele tinha) estes estavam devidamente ocultos.

Pedro era....bem, deixe os relatos bíblicos falarem: impulsivo, por duas vezes se lançou ao mar ao ver Jesus caminhando sobre as águas. Vingativo, cortou a orelha do pobre soldado que estava simplesmente cumprindo seu dever militar. Pedro foi ousado ao ponto de repreender o próprio Cristo (Mateus 16:22). Cheio de falhas de caráter, todas escancaradas, a situação de Pedro era tão grave que o próprio Diabo reclamou a alma dele para si (Lucas 22:31).

Mas foi numa noite fria de páscoa que as posturas tão distintas destes homens se cruzaram no mesmo ato. Judas e Pedro traíram a Jesus. A situação de Judas não era tão ruim. Ele estava muito bem intencionado. Achava que, uma vez preso, Jesus iria demonstrar todo o seu poder e finalmente dar início à revolução política que - acreditava judas - Ele já deveria ter começado. Tanto, que, quando percebeu a besteira que havia feito, Judas devolveu o dinheiro que cobrou pela delação. A traição de Pedro não tinha boas intenções. Foi pura covardia mesmo. Teve medo de ser preso e morto junto com Cristo.

Mas que grande mistério aconteceu depois disso. Judas se suicidou. Pedro tornou-se um baluarte da fé e pioneiro destemido do cristianismo. Por que?

A resposta é tão perturbadora quanto lenitiva: Judas não suportou o peso da sua imperfeição. Olhou para si e não conseguiu suportar o julgamento alheio. Não quis enfrentar o Cristo a quem traíra. Não podia admitir que tivesse ido tão longe, que afinal não era aquele ser iluminado, inteligente e bem articulado que pensava ser. Não foi a traição que derrubou Judas. Foi a consciência de si como traidor. Judas era perfeito demais para o reino dos céus. Quando se descobriu pecador, preferiu tirar a própria vida a lidar com isso.

Pedro não estava nem aí. Não era novidade nenhuma que ele era vil e covarde. Ele sabia disso, todos sabiam disso. Quando Pedro percebeu o crime que cometera ele fez a única coisa que sabia fazer: reagiu. Correu, chorou, depois voltou para a companhia dos discípulos de Jesus. Este era Pedro. Sempre caindo, sempre se levantando. Sempre sendo apanhado em pecado, ainda assim sempre jogado aos pés de Cristo. O segredo de Pedro é que ele não cansava. Tinha vergonha de seus pecados mas não tinha vergonha que Cristo o visse como pecador. Pedro era todo à cerca de tentativa e erro. Cada vez mais tentativas, cada vez menos erros. Não importa quantas vezes fosse repreendido, ele sempre insistia em continuar junto a Cristo. Até que um dia, já no final da caminhada cristã, Pedro se deu conta de que não era mais o mesmo. Pedro venceu o pecado pelo cansaço.

A jornada é longa, o caminho é estreito. Mas Cristo sempre está disponível, seu poder continua transformando vidas ao final da aventura e eu quero completar a minha viagem como Pedro, não como Judas.

Há um verso bíblico, em Filipenses 3:13 e 14. Ele foi escrito por Paulo mas exprime bem o método Pedro de enfrentar a vida:
Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.
Amplexos fraternais,

Ângelo Bernardes

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